Foi no dia 5 de junho de 1973 que o primeiro Dia Mundial do Ambiente foi celebrado pela primeira vez, após ter sido criado por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, na Conferência de Estocolmo, realizada em 1972.
Durante os 45 anos que se seguiram, o mundo transformou-se irreversivelmente. Nesse período de tempo, o mundo saiu dos tempos da Guerra Fria e as tecnologias de bens e serviços, que antes estavam confinadas a uma pequena franja da população, foram popularizadas, tendo com isso aumentado o consumo de bens e serviços a nível mundial.
Já em 1972, na Conferência de Estocolmo, foram abordados problemas relacionados com a poluição atmosférica e de recursos naturais. É preciso não esquecer que já naquela altura era reconhecido que os progressos tecnológicos dão ao ser humano muitos benefícios, mas também afetam o meio ambiente de forma irreversível (através do aparecimento de fenómenos de inversão térmica, da contaminação de solos e de rios ou ainda através do esgotamento de diversos recursos indispensáveis à vida humana).
Agora, mais de quatro décadas depois e com quase o dobro da população mundial, osproblemas ambientais são de uma gravidade infinitamente maior do que eram em 1972. Hoje, possuímos uma população muito maior e cada um dos cidadãos deste nosso planeta consome, hoje em dia, muito mais recursos individualmente do que cada cidadão consumia em 1973.
Qual será o estado atual do ambiente, meu caro leitor?
Mau, pensará o leitor! E tem razão! Temos uma elevada taxa de desperdício de recursos por contaminação fortuita destes! Temos uma grande quantidade de lixo produzida, por vezes, desnecessariamente! Temos o nosso ar cada vez mais poluído por culpa das nossas indústrias e dos nossos veículos! Temos um péssimo ambiente!
É por isso que todos temos a tendência de nos assumirmos como defensores do meioambiente!
Sempre que vemos os chineses com aquela máscara na frente da cara para os proteger da poluição do ar, ou vemos fotos de lixeiras de vários países do terceiro mundo, ou ainda vemos imagens de rios poluídos no Brasil, pensamos que isto nunca nos acontecerá, pois, afinal de contas, estamos na Europa e isso é coisa de povos subdesenvolvidos, de povos que precisam ser educados…
Poderá o leitor ter alguma razão quando pensa que, para termos um bom ambiente,necessitamos antes educar os povos (e os seus políticos) nesse sentido?
Não sei…. Só entre nós, caro leitor, responda-me:
Quando vai tomar banho, gasta estritamente a água que necessita, sem a desperdiçar? Quando tem de ir para algum lugar, utiliza mais frequentemente os transportes públicos/os, transportes solidários, ou prefere ir no seu carrinho, sozinho? Quando necessita de comprar uma t-shirt, prefere uma daquelas mais simples e sem estampas ou prefere uma toda “xpto”, cheia de estampas? Quando vai ao supermercado, leva a sua bolsinha de pano, reutilizável, ou prefere as sacas de plástico descartáveis? Quando tem que comprar uma bebida, prefere comprar bebidas vendidas em garrafas de vidro reutilizáveis, ou prefere as que são vendidas em latinhas de alumínio ou em garrafas de vidro não retornáveis? Se produz lixo em casa (quem não produz?), faz a separação do lixo (para posterior reciclagem dos vários materiais), ou põe todo o lixo no mesmo saco?
Pois é, caro leitor! Estas perguntas poderiam estar acompanhadas de milhares de outras e o conjunto das respostas que cada um de nós dá para cada uma delas é revelador do grau de preocupação com o meio ambiente que temos.
Não é uma questão de existirem respostas certas ou erradas! Ninguém é mais ambientalista do que ninguém apenas por fazer melhor a separação do lixo ou por desperdiçar mais ou menos água! Não é uma ação que nos define como ambientalistas ou não, mas sim, um conjunto de ações!Importa, sobretudo, não ficarmos só pelas palavras!
Importa passarmos à ação, sabendo que damos o exemplo!
É uma questão de estarmos conscientes e de sabermos que temos de defender o que mais ninguém é capaz de defender tão bem como nós: A nossa casa, o nosso planeta, o planeta Terra.